Líderes de governos, empresas e instituições financeiras se reuniram na COP23, nesta segunda-feira (13), para refletir sobre o desenvolvimento da precificação de carbono no mundo. O evento “A voz dos líderes em precificação para guiar a ação climática” foi organizado pela Carbon Pricing Leadership Coalition e o papel das empresas foi muito destacado.
A ministra do Meio Ambiente do Canadá, Catherine McKenna, e o CEO da DSM, Feike Sijbesma, ambos co-chairs da CPLC, abriram o evento.
“Para o governo do Canada o trabalho é muito mais fácil quando as empresas caminham junto, queremos que as empresas adotem o preço interno [de carbono] e continuem levantando a bandeira”, disse Catherine McKenna.
Feike Sijbesma destacou que o último levantamento indica que 8 novos mecanismos de precificação surgiram em 2017, mas, ainda assim, apenas 15% das emissões globais de carbono estão cobertas. “Precifico o carbono na minha empresa a 50 dólares a tonelada. Para as empresas que ainda não o fazem, vocês precisam se preparar para o futuro. Então comecem!“, orientou.
A presidente do CEBDS, Marina Grossi, atualizou as lideranças da CPLC sobre os avanços dessa agenda no Brasil e destacou a carta lançada pelas empresas brasileiras em apoio à precificação. Elaborado pela Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), o documento é assinado por cerca de 25 CEOs e CFOs e defende o estabelecimento de um mecanismo de precificação adequado às características da economia e ao perfil de emissões de GEE do país.
A Carbon Pricing Leadership Coalition, iniciativa do Banco Mundial da qual o CEBDS é parceiro estratégico, reúne 30 governos e mais de 140 empresas para defender o preço das emissões de carbono.